Há muito que não tenho feito referência às exposições que temos visitado, mas há fotos (mesmo de telemóvel, como é o caso)de algumas peças que tenho visto que não queria deixar de publicar (para memória futura...)
As que a seguir coloco respeitam a peças que fazem parte de uma doação recente ao MNAA e que estavam expostas numa das últimas visitas que fizemos àquele Museu. Não sei precisar bem a data a que reportam, mas penso que são do século XV, talvez um século antes não sei bem..
As 3 primeiras são fotos de capa de senhora, julgo que feita de algodão bordado a seda
Esta é de uma colcha, julgo que feita com os mesmos materiais...
e esta de um paramento (vestuário litúrgico)
Nesse mesmo dia estavam expostos em diversas salas do MNAA (com afinidades temáticas), numa colaboração com o Museu de Design, várias obras de artistas de Moda e Design.
Entre elas encontrámos esta capa da autoria de Alexander McQueen, que embora não possa dizer que tenha gostado muito, chama a atenção pela imprevisibilidade do desenho...
gostar, gostei foi deste vestido de noiva, feito com calças de ganga cuja foto, tirada em contra luz, não permite apreciar devidamente mas que não dá uma imagem da sua elegância...
A parte inferior da saia, de que apenas se vê uma mancha branca, é a ganga esfiampada.
Anteontem voltámos ao MNAA, museu tão agradável de percorrer!
Desta vez o objectivo era visitar a exposição de estatutária religiosa espanhola dos séc. XV a XVIII, "Cuerpos de Dolor".
Novamente sem máquina fotográfica recorri ao tm, enquanto não me disseram que não podia fotografar, proibição que ignorava, e mesmo assim, porque eram das primeiras, pude fazê-lo às três peças que mais me impressionaram, lamentavelmente aqui muito mal reproduzidas pela fraca qualidade com que ficaram.
A primeira é da autoria de Alonso Berruguete e data de 1526-1532. Em madeira policromada, como a generalidade das restantes obras da exposição, impressionou-me principalmente pelo corpo.
e as outras trê, Sto. António e Sta. Ana, de autoria de Juan de Juni (1507-1577), impressionaram-me pela expressão dos rostos, principalmente a de Sta. Ana. O rosto de Sto António impressionou-me também porque pode ser o de qualquer português contemporâneo...
Entretanto aproveitámos para visitar algumas salas do Museu e começámos pela pintura espanhola, italiana e flamenga dos séculos XIV, XV e XVI.
Não sou muito sensível à pintura desta época, cujos temas são, sempre , de natureza religiosa.
No entanto impressionou-me um quadro, S. Lucas pintando a virgem, de Hugo van der Goes, um dos principais artistas da escola flamenga.
E saltou-me à vista principalmente o rosto do evangelhista, que parece um nosso contemporâneo.
Com o tm e às escondidas a foto não podia ficar bem, mas não quero deixar de as colocar aqui.
E depois saltou-me à vista os pés de S. José, no quadro , também da escola flamenga, "O casamento da virgem com S. José, com uns suportes para "as botinhas" resistirem à neve...., pormenor que encontrei ainda em muitos de outros quadros.
Mas entrando na última destas salas defrontamo-nos com a "Tentação de Sto Antão" de Bosch, quadro que já tenho visto várias vezes, a última das quais quando estiveram expostos, recentemente, mais dois quadros deste pintor. Mas é sempre o espanto! Como foi possível naquela época aparecer tal pintor, completamente desfazado do "academismo" de então?
Parece-me hoje que ele não tem par nos grandes surrealistas do séc. XX.
Às escondidas tirei algumas fotos, mas embora nestas se possam ver alguns pormenores fantásticos, não captaram de modo algum cor e o ambiente do que eu, na minha opinião de ignorante, considero ser o "desbragado" surrealismo deste fantástico artista.
Então tirei algumas fotos a uma foto deste trítico, que comprei, que, não sendo fidedignas, como é evidente, permitem, no entanto, apreciar melhor esta obra
