domingo, 27 de junho de 2010

Londres 2 - IMPRESSÕES

1)
Logo no aeroporto: espanto, acompanhado de alguma zanga. Em Junho, com uma temperatura de 29 graus, nas casas de banho, a água para lavar as mãos era quente, a escaldar.
Chegados ao apartamento da Ana, calor enorme, e o aquecimento central da casa de banho, ligado.
Nos Museus, a água das casas de banho também era quentíssima
E numa altura em que tanto se debate as alterações climatéricas e a necessidade de poupar energia!


2)
Admiração perante a beleza, harmonia e calma dos quarteirões e pracetas dos bairros residenciais.





3) Espanto perante a grandiosidade da construção neoclássica que predomina nos centros comercial e financeiro da cidade.







4)
Espanto pelo que chamaria de desordem urbanística na City: um amontoado confuso de construções neoclássicas, pesadas construções de cimento (penso que da primeira metade do séc. XX), igrejas, monumentos e altíssimos edifícios de vidro., que continuam a ser construídos e a aumentar a densidade da construção.



5)
Espanto pelo à vontade com que se entra nos museus a que fomos. Nalguns ainda viram as malas, mas noutros entra-se de mochila às costas, sem ninguém se preocupar.

Dos museus visitados, apenas na National Gallery não se podia fotografar e filmar à vontade.


6)
Espanto por encontrar o comércio do mais popular nas grandes avenidas do Centro.
As lojas dos grandes costureiros concentram-se nos grandes armazéns, só numa avenida, e que já não é das principais, a Sloane Road, e também na zona mais leste de Cromwell Road (rua onde mora a Ana) e Bromptom Road, onde se situa o Armazém Harrod’s .
Penso no que sentiria a Sra. D. Dulce de Carvalho, minha professora de inglês há cinquenta anos, perante o actual aspecto de muitas das avenidas que elasnos deu a conhecer como centrais, importantes e, também, elegantes! Julgo que só Regent Street manterá alguma da elegância e harmonia de então.


7)
Espanto perante o trânsito. Carros e autocarros circulam a autêntico passo de caracol, num lento “pára, arranca”. Nas principais ruas do Centro, como por exemplo Oxford Street, o bus (mesmo nos seus corredores) circula à mesma velocidade dos restantes veículos.


E nos passeios o trânsito de pessoas, na hora de ponta, não é diferente. São mares de pessoas, deslocando-se apressadamente, por entre algumas paradas à porta de lojas ou bares. Em Oxford Circus via-se um amontoado enorme de pessoas deslocando-se lentamente para a entrada do Metro.

8)
Compreensão pelo sistema de tráfico e semáforos instalado. Com excepcionais passadeiras, e com muitas passagens sem sinais para os peões mas apenas para os veículos, aqueles têm que se desembaraçar, e é um corre-corre, porque os carros têm prioridade sempre que não há sinais para os peões.
Mas se assim não fosse como seria o trânsito automóvel em Londres? Não havia, com certeza, porque os carros não circulavam.

9)
Espanto com a frota automóvel. Em Londres só circulam Bus ,táxis carros de trabalho e carros de gama alta (com poucas significativas excepções).



Entre milhares de Mercedes e BMW (nunca vi tantos carros destas marcas, ainda por cima das gamas mais altas!!!), circulam desportivos também da alta gama, Mezaratis, Ferraris, Lamborginis, etc, etc…



De algum modo se compreende, pois para se circular em Londres tem que se pagar uma taxa, que, se calhar, é elevada…

E à porta das casas dos bairros por onde passeámos, designadamente Kensington e Notting Hill também são, claro, aqueles o tipo de carros que se vêem, como se pode constatar na foto que se segue e também nas colocadas no ponto 2.



10)
Admiração pelo facto de (nos aviões, no comércio, nos museus, no Metro) serem as pessoas inglesas (inglesas no sentido de serem loiras de olhos azuis), as mais simpáticas, sendo extremamente sorridentes.
A Ana comentou que no prédio dela, onde predominam os orientais, ninguém se cumprimenta. Um dia cruzámo-nos na escada com um inglês (louro de olhos azuis) na escada, e este cumprimentou-nos com um sorridente “good evening”. A Ana comentou: ”Foi a primeira vez que vi um inglês no meu prédio”, e se calhar, ao fim de viver ali há um ano, foi o primeiro cumprimento que recebeu.
O guia da excursão a Bath, um senhor já com 77 anos era um inglês típico, e era também uma simpatia e uma pessoa muito bem disposta.


11)
Interrogação. Onde estarão as pessoas de meia-idade e de idade? Vêem-se pessoas de todas as raças, cores, alturas, mas na generalidade jovens…


12)
Segurança. Aparentemente a cidade é muito pouco policiada. Com excepção de uma operação stop, apenas vi um ou dois polícias durante as nossas deambulações.
Este facto, conjuntamente com o pouco controlo na entrada dos museus, dá uma sensação de segurança. Parece que não se torna necessária qualquer vigilância.
Mas ela existe. Londres está cheia de invisíveis câmaras de vídeo-vigilãncia, que tudo controlam.
O actual governo conservador, entre outras medidas neste âmbito, pretende diminuir o seu número, para salvaguardar os direitos individuais…