Descansarmos é força de expressão, pois nós não nos cansávamos, íamos bem instaladas nas burras. A nossa mãe é que fazia todo o percurso a pé porque, dizia ela, não sei se era verdade, tinha medo de andar de burro.
Depois de passarmos uma parte do dia com os nossos tios e primos, regressávamos com os alforges das burras carregados de deliciosos peros...
Deste período não guardo memórias dos nossos 3 sobrinhos, filhos da nossa irmã mais velha, então já nascidos (o Alfredo, apenas dois anos mais novo que eu, a Cristina e o Rodrigo), embora eles também passassem muitos períodos das férias connosco.
Na foto, os meus pais com a Cristina e o Rodrigo no eucaliptal da Sra. Bernardina
Recordo-me, no entanto de numa das vezes em que íamos à Enxara (terra onde ficava a quinta dos nossos tios), a Russa quando chegou ao início do caminho que descia da Várzea para a Sapataria, resolver rebolar-se no chão (coisa que nela era frequente, porque era muito senhora do seu nariz), e era o meu sobrinho Alfredo que ia montado nela. Penso que não iria sozinho, mas a recordação que tenho é só de ser ele a ir parar ao chão, embora sem se magoar.